Armando Côrtes-Rodrigues
Armando César Côrtes-Rodrigues nasceu a 28 de fevereiro de 1891 e faleceu a 14 de outubro de 1971 em Ponta Delgada. Figura incomparável na literatura açoriana, Côrtes-Rodrigues foi um escritor, poeta, cronista, dramaturgo e etnólogo açoriano.
Licenciou-se em Filologia Romântica pela Faculdade de Letras de Lisboa (1915), onde travou conhecimento com Fernando Pessoa, tendo inclusive integrado o Grupo Orpheu, colaborando nos dois primeiros números da revista com poemas escritos com o pseudónimo de Violante de Cisneiros. Em 1917 regressa aos Açores para lecionar nos Liceus de Angra de Heroísmo e Ponta Delgada.
Armando Côrtes-Rodrigues viria a dedicar-se ao estudo etnográfico açoriano, área em que se evidenciaria pelos seus notáveis estudos em torno das tradições populares açorianas, destacando-se, o “Cancioneiro Geral dos Açores” e o “Adagiário Popular Açoriano”, ambas publicadas em 1982. Em 1953, com o livro Horto Fechado e outros Poemas, alcança o Prémio Antero de Quental (premiação concebida pela unidade de propaganda nacional do Estado Novo). Colaborou com inúmeras publicações literárias da época, razão pela qual grande parte da sua obra poética encontra-se dispersa. Como escritor e dramaturgo, escreveu as peças, “O Milhafre” (1932) e “Quando o mar galgou a terra” (1940).
Foi um dos fundadores do Instituto Cultural de Ponta Delgada (1943), entidade sediada atualmente na sua última residência, e onde está instalada a Morada da Escrita-Casa Armando Côrtes-Rodrigues.
Armando Cortês-Rodrigues é uma das grandes figuras intelectuais açorianas do século XX, legando uma vasta e riquíssima obra literária.
O busto de bronze é da autoria de J. M. França Machado.
Morada
Rua Armando Côrtes-Rodrigues